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Livros | Olhos de Pixel - Lucas Mota

by - 1.5.22

Livros | Olhos de Pixel - Lucas Mota
Autor: Lucas Mota
Editora: Plutão Livros
Páginas: 216
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: Tudo que Nina Santteles — mercenária, queer, habitante do submundo — quer é resgatar o amor do filho adolescente e conseguir passagens só de ida para a colônia espacial Chang'e. Quando é detida pela polícia, recebe a oportunidade de capturar o hacker alvo da maior corporação-igreja do país em troca das tão desejadas vagas no paraíso.

O problema é que o hacker oferece o mesmo negócio, mas com um adendo: ela não precisará ir contra seus ideais se ajudar a enfrentar a igreja que quer banir a existência de pessoas como ela. Nina vai atravessar explosões e realizar feitos super-humanos para decidir se o preço de se redimir com o filho e dar a ele uma vida melhor vale tanto quanto provar para o mundo que sua existência não é um crime.

Ambientado em uma Curitiba futurística e cyberpunk, Olhos de pixel leva o leitor em uma jornada sobre como podemos reafirmar nosso lugar no mundo e enfrentar nossos próprios preconceitos.

Em seu último serviço, Nina e seus companheiros de missão foram presos, e para o estilo atual de vida deles e o que buscam, a melhor opção acaba sendo trabalhar para a polícia - que eles não confiam de forma alguma -, que a proposta deles é a forma mais simples deles se mudarem para a colônia espacial Chang'e.

Acontece que essa proposta não era unânime na delegacia, e eles recebem proposta de fora para ter os mesmos resultados, ficando em dúvida de qual caminho seguir, sendo que não há garantia de segurança em nenhuma das duas situações.
aesthetic | Olhos de Pixel - Lucas Mota

A minha relação com o gênero cyberpunk se resume a teimosia, gosto da estética do gênero, mas é difícil achar uma obra que me deixe bem empolgada (Neuromancer que deve ser o livro mais famoso do gênero talvez seja a história que eu mais larguei). Em Olhos de Pixel ainda tem o lance de não explicar o funcionamento das tralhas tecnológicas, mas consegui entender o funcionamento de boa parte delas durante a leitura, além de não ter considerado uma leitura truncada, já que nunca se perde muito tempo em explicações e ambientações, sempre indo direto ao ponto nas cenas.

Não me importo em ler histórias nacionais que não são nada sutis nos comentários políticos (um beijo para os livros da Ray Tavares), mas confesso que não me animo muito quando a política é parte importante da narrativa, que é o caso desse livro, pelo menos eu gostei de como foi pensado o Brasil futurista e completamente distópico, pois eu imagino fácil que em um Brasil nessas condições mencionadas, uma das bancadas dos deputados atual teria uma força política maior no futuro.

A história se passa em Curitiba e notei bem poucos regionalismos na narrativa (geralmente histórias que se passam no sul eu costumo ver muito disso), Olhos de Pixel tem representatividade queer (transexual e bi ou pan) e preta.

Para mim o jeito que a história caminha para o fim, faz sentido o tanto de explicação que temos sobre a colônia Chang'e, além de mostrar bem um certo nível de honra entre a bandidagem que luta por uma causa específica. Senti que algumas passagens na história tinham um tom meio brega, mas nada no nível de sair reclamando que os personagens eram burros em suas convicções, até porque as reviravoltas da história provavam que eles não eram.

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12 Comentários

  1. Oi Gio, tudo bem?
    Que bom que, mesmo não sendo do seu estilo favorito e tendo ressalvas, a leitura foi positiva. Não sou a maior fã de cyberpunk, então não me chama tanto a atenção também. Mesmo sci-fi é algo que eu me esforço pra ler.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    Respostas
    1. Para mim o segredo do sci-fi é ele não ser bem carregado em termos técnicos e se possível ter uma linguagem um pouco mais "gente como a gente", daí eu aproveito horrores a leitura!

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  2. This sounds like a lovely read and that cover is cool!
    xoxo
    Lovely
    www.mynameislovely.com

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  3. Amei a resenha. Nunca leio nada de cyberpunk por me impressionar fácil, e com essa trama eu ia ficar doidinho rs. Mas gosto muito de ver livros nacionais assim
    Beijos
    https://www.dearlytay.com.br

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    Respostas
    1. O meu problema com o cyberpunk é não entender nada mesmo, nem tem como me impressionar aushuahsuahs

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  4. Olá, Giovana.
    Eu gosto desse tipo de enredo, mas mais nos filmes do que nos livros. E pelos seus comentários eu não sei se é um livro que eu leria. Muita mistura pra mim hehe.

    Prefácio

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  5. Eu li poucos cyberpunks na vida, mas acho que nunca li um nacional. Esse foi um que me deixou curiosa, mesmo com suas ressalvas.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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    Respostas
    1. Que eu me lembre só li um outro cyberpunk nacional, e por mais que o mundo seja interessante eu fiquei meio perdida na leitura!

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  6. Fiquei curiosa com o contexto político desse Brasil distópico (até porque tem horas que eu sinto que estamos numa distopia HOJE). Muito legal a indicação Giovana!

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    1. Viver numa distopia hoje é o que anda fazendo muita gente fugir do gênero né?

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