Páginas: 184

Editora: NewPop

Avaliação: ⭐⭐⭐⭐(4,5)

Aya achou um novo lugar favorito, uma loja de CDs com um "moço" estiloso que tem um gosto musical muito parecido com o dela - um grande achado aliás, já que o gosto da garota é totalmente diferente do das suas amigas - e o crush foi automático, acontece que esse moço na verdade é Mitsuki, uma garota e sua colega de turma.

Mitsuki faz de tudo para passar despercebida na escola e só consegue revelar o seu estilo verdadeiro no seu trabalho na loja de CDs do seu tio, e descobrir que Aya tem um gosto musical parecido com o dela muda as coisas, principalmente ter que lidar com ela em ambos os ambientes.

Não sou a maior leitora de mangás e quadrinhos e é raro eu ler um que siga o que esquema das páginas terem duas cores, dito isso, "O Cara Que Estou a Fim Não é um Cara?!" é o que eu li com a melhor combinação de cores, ele é lindão e é uma escolha de cores que eu não associo automaticamente ao gosto das meninas, não vejo como uma cor muito grunge, mas o resultado é muito bom!

A mente de titânio de quem escolheu esse tom de verde!! (imagens via)

As meninas são muito boiolinhas uma pela outra e o mangá é sutil para trazer isso nos diálogos (a sutileza vira só um conceito abstrato na ilustração), tem só um personagem que é mais direto em abordar isso. Sobre o gosto musical das meninas questionei muito em que ano se passa a história até conhecer o tio da Mitsuki e a relação que eles possuem, a história é recente e quem cresceu com o gosto musical moldado pelo Guitar Hero ou é mais velho vai se identificar horrores com as playlists delas.

O mangá segue o padrãozinho de ter uns capítulos bem claros da jornada das meninas, mas além disso ele tem uma divisão bem clara das cenas, é que nem assistir uma série americana que passou na televisão ao invés de streaming, que você consegue achar bonitinho a cena que a série parou antes de começar os comerciais.

O Cara Que Estou a Fim Não é um Cara?! é um mangá fofo, bonito e com uma playlist de deixar qualquer um gosto de tiozão aplaudindo os fones de ouvidos dessas meninas e resetando a fé na humanidade (como aconteceu com o tio da Mitsuki).