[Review] Jade Legacy - Fonda Lee
Autora: Fonda Lee
Editora: Orbit
Páginas: 731
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐
Sinopse traduzida: Jade, a substância misteriosa e mágica que já foi exclusiva dos guerreiros Green Bones de Kekon, agora é conhecida e cobiçada em todo o mundo. Todo mundo quer acesso às habilidades sobrenaturais que ele fornece, desde forças tradicionais, como governos, mercenários e chefões do crime, até jogadores modernos, incluindo médicos, atletas e estúdios de cinema. À medida que a luta pelo controle do jade se torna cada vez maior e mais mortal, a família Kaul e os antigos costumes dos Green Bones de Kekonese nunca mais serão os mesmos.Os Kauls foram castigados por guerras e tragédias. Eles são atormentados por ressentimentos e velhas feridas enquanto seus adversários estão em ascensão e seu país é dividido por facções perigosas e interferências estrangeiras que poderiam destruir o estilo de vida Green Bone por completo. À medida que uma nova geração surge, o crescente império do clã corre o risco de se desintegrar.O clã deve distinguir aliados de inimigos, deixar de lado rivalidades sangrentas e fazer sacrifícios terríveis ... mas mesmo os laços inquebráveis de sangue e lealdade podem não ser suficientes para garantir a sobrevivência dos clãs Green Bone e da nação que juraram proteger.
Jade Legacy é a conclusão da trilogia The Green Bone Saga, trilogia que comecei a ler ano passado e entrou entre as minhas séries favoritas rapidinho.
O livro cobre mais de vinte anos de história da família Kaul, em que a cada pulo temporal era uma alegria para ver o pessoal em outra fase da vida, mas era também a garantia do coeficiente de cagaço ir lá para cima com o medo de algum personagem querido morrer, e dos personagens principais acho que apenas 1 não passou por algum momento de vida ou morte, haja unha para começar a ler esse calhamaço.
Da nova geração eu estava gostando bastante do Niko quando criança, mas quem me ganhou sem prometer quando estavam grandinhos foi o Ru, que exalou carisma e tudo de bom que herdou de mãe, ela que é outro ícone que me ganhou sem prometer desde o início da trilogia, sendo que outra cena que eu fiquei na base dos gritos nesse livro envolvia ela arrumando um emprego!!!
Ao menos o Niko se solidifica, e mostra que a nova geração tem outros ideais, outra personalidade para liderar, mas ainda com o respeito pelo legado das gerações anteriores. Queria mais da Jaya, mas ela serviu muito para mostrar como é difícil para as mulheres Green Bone subirem na hierarquia, e o que a Shae e Ayt Mada fizeram foram muito ao meio ao preconceito.
O Hilo é o maior de todos, um grande exemplo que esses personagens tem a moralidade cinzenta, em que a brincadeira de “se um dia eu critiquei ele não me lembro” se repetiu várias vezes nessa trilogia, aqui em Jade Legacy comecei com o medo de ele cair nas mesmas falhas do Lan como Pillar, mas ele sempre superou e tem uma cena de flashback - que parece ser a versão curta do conto desse mundo que a autora publicará no ano que vem, The Jade Setter of Janloon -, que desenha bem quais foram as prioridades do Hilo desde o primeiro dia: fazer tudo pela família, sem meias palavras e sem problemas para chegar até o final em seus planos mais sórdidos, quando eu brinco que o único crime que ele cometeu foi amar de mais não é exagero.
A jornada do Andy no livro anterior foi interessante de acompanhar, ele foi o primeiro jovem do clã a ter a jornada contada após os anos de academia, mas aqui mostra que ele sem querer querendo sempre fez as escolhas certas e que ele é o bombril (1001 utilidades) de No Peak, começava um capítulo em um lugar aleatório com decisões grandes a serem tomadas, certeza que ele iria aparecer para dar uma cartada.
Mesmo sendo bem presentes na história desde os início, eu nunca gostei muito dos irmãos Maik fora a Wen, mas teve uma cena com o Maik Tar nesse livro que eu fiquei gritando demais “Maik Tar é o nome dele!!”, pois justificou demais o amor do Hilo com eles e que essa trilogia de livros não tem personagem meia boca não.
Nessa trilogia não tem um nome que apareça de enfeite, se você ficar sabendo do nome de um bartender em uma festa aleatória, certeza que ele vai aparecer no futuro (tipo 15 anos depois) com uma fofoca quentinha ou parar matar alguém.
gosto do conceito das páginas "out of context" (fora de contexto), e achei necessário trazer essas quatro imagens para simbolizar Jade Legacy |
Sobre estratégias e maquinações, eu fico besta com o que três mulheres foram capazes de fazer, a Shae e a Wen fizeram de tudo e muitas vezes juntas sob os interesses do clã, é investir em comércios e alianças no exterior, na medicina e na percepção dos outros países quando se trata do comércio de jade, e quando começaram a investir no cinema eu só fiquei besta com a mente de titânio da Fonda Lee, e ri fininho com a referência à Velozes & Furiosos (cadê o Desafio em Shotar???).
A terceira é a Ayt Mada, está para nascer alguém mais ligeiro que ela, Mada sempre esteve um passo a frente de No Peak, e aqui mostrou que além de ela também ser capaz de fazer tudo - sempre tapeou a Shae nas estratégias - e ter o fator vaso ruim não quebra nas costas, eu gostei como em poucas páginas sob o ponto de vista dela, mostrou que ela só é vilã por estar do outro lado, pois a mente e os ideais conversam muito com o de personagens queridos.
Eu tinha comentado na resenha de Jade War que o livro tinha umas referências à Guerra Fria e a Globalização na década de 80 (confirmada pela autora nesse vídeo: link), daí aqui o que eu notei mais foram os avanços da tecnologia no cotidiano dos Green Bones - com computadores e celulares -, as referências ao nosso mundo ficaram mais borradas e acredito que tenham umas mais recentes, tipo entre 2005 e 2010.
Eu passei a maior parte do livro jurando que o livro teria um final mais agridoce, e quanto mais eu penso no final, mas sentindo ele faz para mim, pois deu um ponto final para o problema que tinham desde o primeiro dia e com a mentalidade cheia da experiência adquirida nesses últimos anos, longe da ferocidade que tinham no início.
Para a galerinha que gosta de fanarts, descobri no Twitter uma série de ilustrações no estilo cartas de tarô dos personagens da série, link.
10 Comentários
Oi Gio, tudo bem?
ResponderExcluirNão conheço a série, mas ri da montagem com as 4 fotos que definem os livros HAHAHA!
Que bom que ele concluiu bem a saga pra você, esse sentimento é maravilhoso!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Com certeza! Eu esperava muita coisa e recebi tudo!
ExcluirOi, Gio! Tudo bom?
ResponderExcluirDei uma puladinha na resenha porque tô fritando pra ler essa trilogia ano que vem, espero conseguir. Bom demais saber que vai ótima do começo ao fim! E BERRO pros memes, eu gosto é de surto assim.
Beijos, Nizz.
www.queriaestarlendo.com.br
O surto foi desde o início, a Fonda Lee me tapeou desde a primeira página.
ExcluirOlá, Giovana.
ResponderExcluirFiquei aqui morrendo de vontade de ler essa trilogia. Eu gosto muito quando as histórias cobrem anos das vidas dos personagens, mesmo dando aquele medo de dar tudo errado lá na frente hehe. Pena que pelo que vi só tem em inglês ainda né.
Prefácio
Olha, o medo de dar errado eu tenho desde a metade do primeiro livro kkkkkkkkkk
ExcluirSim, eu sei que o primeiro tem em espanhol, não sei se ajuda.
Amei a resenha. Essa série parece tão boa, queria que chegasse ao Brasil.
ResponderExcluirNada melhor que personagens que são realmente usadas na história.
beijos
https://www.dearlytay.com.br/
Eu boto fé que a editora Trama ou a Morro Branco um dia vão trazer.
ExcluirOi
ResponderExcluiressa parece ser uma série de livros muito bom, você sempre posta resenha de livros que me interessam, mas que não tem publicação aqui no Brasil.
https://momentocrivelli.blogspot.com/
E eu sigo tentando criar hype para trazerem esses livros para cá!!
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