[Review] Jade City - Fonda Lee
Autora: Fonda Lee
Editora: Orbit
Páginas: 512
Avaliação: 🌟🌟🌟🌟🌟
Sinopse traduzida: Jade mágico - extraído, comercializado, roubado e conquistado à base da morte - é a força vital da ilha de Kekon. Durante séculos, os guerreiros honrados Green Bones, como a família Kaul, o usaram para aprimorar suas habilidades e defender a ilha da invasão estrangeira.Agora, a guerra acabou e uma nova geração de Kauls disputa o controle da movimentada capital de Kekon. Eles não se importam com nada além de proteger os seus, encurralar o mercado de jade e defender os distritos sob sua proteção. A tradição antiga tem pouco lugar nesta nação em rápida mudança.Quando surge uma nova droga poderosa que permite que qualquer pessoa - mesmo estrangeiros - empunhe o jade, a tensão latente entre os Kauls e a família rival Ayt se transforma em violência aberta. O resultado desta guerra de clãs determinará o destino de todos os Green Bones - de seu maior patriarca ao mais humilde corredor de motocicleta nas ruas - e de Kekon em si.
*estalando os dedos pra começar a rasgação de seda*
Considerado um O Poderoso Chefão com kung fu, Jade City já estava no meu radar para ler há um bom tempinho, mas com o anúncio de que poderá se tornar série pelo streaming Peacock - o streaming por trás da NBC que domina nas comédias - fez o livro se tornar uma prioridade para eu ler e se tornou uma das leituras favoritas do ano. E já vou avisando que se a Ming-Na Wen e a Michelle Yeoh estiverem na série eu não respondo pelos meus atos fora a panfletagem.
O livro ocorre em um país fictício, com uma população equivalente a uma cidade grande do Brasil (em torno de 1 milhão de habitantes) e esta pessoa aqui que estudou uma matéria de Planejamento Urbano de 36h na faculdade adorou o planejamento da cidade baseado na bandidagem, os clãs dominam partes específicas da cidade, daí por exemplo tem as escolas específicas dos clãs, a coleta de imposto dos Lantern Men - donos de negócios leais ao clã da sua região - que leva o conceito de pagar uma taxa aos guardas noturnos do bairro a outro nível, e por aí vai.
Além disso os clãs respondem à aliança relacionada aos usuários da jade e ao governo, exalando o cheiro de TV Senado em dia de votação que os deputados/senadores realmente comparecem (quando o povo ainda tem um pingo de respeito), e já que eu amo qualquer oportunidade de treta e baixaria, até a discussão de concessão de área eu estava gostando.
Eu gosto de como fiquei rendida pelos personagens em momentos bem específicos, já que os personagens principais tem pontos de vistas em terceira pessoa, cada um me marcou em um ponto da jornada. Seja o Lan sendo um corno The Killers, o Hilo mandando uma quase na linha que o único crime dele é amar demais, e a Shae trabalhando, que mostrou o quanto é braba e a razão da rixa com o seu irmão. Eu os vejo bem mais multifacetados em um livro, do que já acompanhei em séries de tv de gênero semelhante (Warrior e Peaky Blinders, exceto o Tommy Shelby que aí é mano a mano).
Os personagens me marcaram em pontos específicos, sendo que depois o amor só aumentou com a ajuda da narração da história ser em terceira pessoa com vários pontos de vista, que além de conhecermos vários pontos de Kekon, conhecemos bem também a relação dos personagens até em momentos críticos, que como já diz na capa do livro que "família é dever" e a "honra é tudo", não verá nenhuma traição por aqui.
Os Green Bones passam muito tempo de suas infâncias estudando para poder empunhar a jade, preparando mente e corpo, o que na hora das lutas entre clãs o pessoal mata de forma tão plena e eficiente que não sei como não saiu algum quote na linha: "e morreu né menino". Do jeito que já morreu personagens importantes no primeiro livro - passou de um é plural - torço bastante que ao final da trilogia tenha sobrado pelo menos o país de pé, que o resto eu não boto muita fé não, além de que torço que a autora não seja fã do mito da cidade de Atlantis, pois assim nem o país sobraria.
6 Comentários
Amei a resenha. Nunca tinha ouvido falar desse livro.
ResponderExcluirAdorei a temática e quero poder ler antes que seja adaptado
beijos
https://www.dearlytay.com.br/
Tô torcendo tanto para que esse livro seja publicado no Brasil!
ExcluirTô lendo esse livro esses dias, por uma feliz coincidência de algum vídeo no youtube que me fez lembrar de ter ficado interessado nele alguma vez. Por enquanto (e sei que deve se manter até o final), tá sendo incrível.
ResponderExcluirMas estou na versão espanhola, hehehe.
Eu tinha ele na wishlist mas peguei para ler quando vi que poderia ser adaptado para uma série! O segundo mantém esse nível e eu adoro os desenvolvimentos dos personagem!
ExcluirSonho em finalizar um livro em espanhol!
Ah, é... tem isso da série ainda. Você está a um passo de me convencer a ler a continuação em angleis!
ExcluirSobre o espanhol, confio que você dará um jeito (peço perdão pela piada).
hahaha piada infame que o dar um jeito da situação é só parar de procrastinar mesmo!
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