Sinopse traduzida: Quando Rin gabaritou o Keju - o teste do Império para encontrar os jovens mais talentosos para estudar nas Academias - foi um choque para todos: para os funcionários do teste, que não podiam acreditar que um órfão de guerra da Província do Galo pudesse passar sem trapacear; os guardiões de Rin, que acreditavam que finalmente seriam capazes de casá-la e promover sua empresa criminosa; e para a própria Rin, que percebeu que finalmente estava livre da servidão e do desespero que constituíam sua existência diária. Que ela tenha entrado em Sinegard - a escola militar de elite em Nikan - foi ainda mais surpreendente.

Mas as surpresas nem sempre são boas.

Porque ser uma camponesa de pele escura do sul não é uma coisa fácil em Sinegard. Marcada desde o início por colegas de classe rivais por sua cor, pobreza e gênero, Rin descobre que possui um poder letal e sobrenatural - uma aptidão para a arte quase mítica do xamanismo. Explorando as profundezas de seu dom com a ajuda de um professor aparentemente insano e substâncias psicoativas, Rin aprende que os deuses há muito tempo considerados mortos estão muito vivos - e que dominar o controle sobre esses poderes pode significar mais do que apenas sobreviver à escola.

Enquanto o Império Nikara está em paz, a Federação de Mugen ainda se esconde em um mar estreito. A Federação militarmente avançada ocupou Nikan por décadas após a Primeira Poppy War, e por pouco perdeu o continente na Segunda. E, embora a maioria das pessoas seja complacente em continuar com suas vidas, algumas estão cientes de que uma Terceira Poppy War está a apenas uma faísca de distância...

Os poderes xamânicos de Rin podem ser a única maneira de salvar seu povo. Mas à medida que ela descobre mais sobre o deus que a escolheu, a vingativa Fênix, ela teme que vencer a guerra possa custar sua humanidade... e que já pode ser tarde demais.

The Poppy War tem inspiração nas guerras sino-japonesas do século 20 e segue a jornada de Rin, uma garota que foi adotada após a guerra e entra numa rotina exaustiva de estudos para poder estudar gratuitamente em Sinegard - uma academia militar de elite - para fugir de um casamento com um velho que ajudaria os seus guardiões em seu comércio ilegal.

O primeiro passo já foi difícil para Rin, porém em Sinegard a rotina consegue ser mais pesada ainda, e lá ela enfrenta preconceitos de sua origem e a descoberta que é uma xamã com o poder de invocar um deus e seus poderes, que pode ser a chave da vitória quando começa uma nova guerra.

“What does it matter? They’re coming, and we’re staying, and at the end of the day whoever is alive is the side that wins. War doesn’t determine who’s right. War determines who remains.” (O que isso importa? Eles estão vindo e nós vamos ficar, e no final do dia quem está vivo é o lado que vence. A guerra não determina quem está certo. A guerra determina quem permanece.)

Uma coisa coisa que eu gostei de acompanhar foi o cotidiano de guerra, em que tinham muitos diálogos e descrições que seguiam a mesma energia do quote acima, pois as coisas que são feitas, vistas e planejadas estão longe de serem bonitas ou fáceis de engolir.

Eu esperava que a Rin fosse uma heroína com as escolhas mais corretas que ela pode ter de acordo com o que ela estaria vivendo, para eu poder passar pano tranquilamente nas decisões dela, mas desde as aulas da escola que ela mostra que quer fazer escolhas diferentes e ver o circo pegando sem se importar com as consequências, desde que seja um resultado favorável para o lado dela no final, pelo menos o resto das coisas dá para defender da Rin, já que quem ela gosta e/ou respeita ela defende à todos os custos.

Não achava que iria mencionar violência contra mulheres de um cenário de guerra, por conta dos ares de inocência que eram mencionados sobre o tema sexo na frente da Rin (que me ajudou demais ver a bichinha com 16 anos durante o livro todo, sendo que no final já tava caminhando para os 20 anos), que me fez ser pegada no pulo quando uma colega de instituto da Rin menciona o que ocorreu com ela e o que presenciou com outras mulheres de onde estava  - até haja estômago para quando fala de uma violência que uma grávida sofreu, que toda vez que eu me lembro eu fico pensando se vale a pena finalizar essa trilogia.

Não foi apenas o tom das coisas que ocorrem com a Rin - sempre ter um tutor que vai proteger ela, que só foi fazer várias coisas sozinhas lá no fim - que me fez ter a impressão que cobriu muita coisa da jornada dela para um livro só, pois o preparo dela para passar na prova e os três anos dela estudando pegaram tipo 50% do livro, e ela passa por tudo quanto é tipo de coisa nesse tempo, que eu não dei conta de notar tudo durante a leitura. Fora que isso me fez me importar menos do que deveria com o Nezha e o Kitay na segunda parte metade do livro.

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