A série acompanha Wynonna Earp (Melanie Scrofano), que volta a cidade de Purgatório e é a herdeira dos Earp, o que significa que ela é a única pessoa que pode manusear a arma Peacemaker, uma arma mágica que com um tiro manda os monstros da cidade diretamente para o inferno, e a maldição da família faz com que ela tenha um prazo para cumprir isso, se não a próxima geração tem que começar do zero, o que talvez seria mais fácil se ela tivesse uma pontaria que preste e queresse essa responsabilidade, além de ter que responder a uma organização - a Black Badge -, para ter controle dessas mortes.

Estou longe de ser sommelier de fantasia urbana, mas a série tem uma coisa que tem bastante no gênero e é: protagonista divertida e sem noção de limites, o apelido de "crazy b*tch with a gun" (mina louca com uma arma) não vem de graça, e já que os coadjuvantes também amam ser ridículos, é uma delícia fazer maratona dessa série.

Adoro misturebas e o estilo da série é uma deliciosa mistura de western com moderno, com Xerifes, tretas com pistoleiros e cheio de referências pop atuais. Quando se trata de figurinos, a série é cheia de fanservices nos looks dos personagens, inclusive sofro com o Doc Holliday vestido de Freddie Mercury e com uns 95% do guarda-roupa da Wynonna (@ corona suma logo para eu poder ir a alguma festa a fantasia).

Em Wynonna Earp tem uma boa representatividade, basicamente só é hétero a protagonista, que a gente pode fazer headcanon à vontade de que ela é bi. Para quem busca uma boa representação de um casal sáfico e ainda sente traumas de Clexa da série The 100, a série dá uns baitas sustos com Wayhaught, e tudo fica bem!!

Para quem é do time que também pensa duas vezes antes de acompanhar uma série que ou não terá final ou terá um final bosta, a última temporada vai caminhando com cara que a série não vai acabar com um final que preste e bem desenvolvido, mas os dois episódios finais indicam que os dias de glória chegaram. Inclusive o episódio final eu assisti quase todo com um sorriso no rosto, e quando vi uma entrevista com os atores comentando o processo de fazer o último episódio eu acabei chorando com o relato da Melanie sobre a jornada da Wynonna, que sempre foi casca grossa em relação ao amor.