Legend, #4
Autora: Marie Lu
Tradução: Regiane Winarski
Páginas: 320
Editora: Rocco
Avaliação: 🌟🌟🌟🌟
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Sinopse: Respeite a LENDA. Idolatre a PRODÍGIO. Celebre o CAMPEÃO. Mas nunca subestime o REBELDE. ÉDEN WING vive à sombra de seu irmão há anos. Mesmo sendo um dos melhores alunos da universidade em Ross City, Antártida, e um inventor brilhante, a maioria das pessoas só o conhece como o irmão caçula de Daniel Wing. Uma década atrás, Daniel era conhecido como Day, o garoto das ruas que liderou uma revolução que salvou a República da América. Mas Day não é mais o jovem que uma vez fora o herói da nação. Agora ele prefere se esconder do mundo e deixar o passado para trás. Tudo o que importa para Daniel é manter Éden seguro, mesmo que isso signifique desistir de June, o grande amor da vida dele.Enquanto os dois irmãos se esforçam para descobrir quem se tornaram desde aquele tempo na República, um novo perigo espreita na distância que cresceu entre eles. Éden logo se vê imerso no lado sombrio de Ross City e nem seu irmão poderá salvá-lo. Pelo menos não sozinho...Com um suspense inigualável e sua característica narrativa cinematográfica, a bestseller #1 do New York Times Marie Lu devolve os leitores ao mundo inesquecível de Legend para um grand finale memorável.

Eu pretendia reler a Trilogia Legend antes de ler Rebel, porém a Editora Rocco disponibilizou recentemente o conto A Vida Depois de Legend (aliás, ele é 0800 nas plataformas digitais) e depois da leitura dele resolvi ler Rebel na cara e na coragem, o que foi uma ótima escolha por já ter de cara diferenças grandes nas relações dos irmãos Wing nesse um mês que passou os eventos do conto para os eventos do livro.

Para mim o único problema do Éden é o quanto ele fica abalado em frente ao vilão da história, pois o carisma e a lábia do homem pega o jovem de jeito, a curiosidade e o conforto que Éden sente na Cidade Inferior para mim fazem um baita sentido, e isso aliado com a amizade com Pressa faz com que a vida dele em Ross City não seja tão ruim. As suas ações se assemelham de alguma forma com as do Daniel, a rebeldia definitivamente está no sangue da família Wing.

O Daniel é tão gado pela June que eu não aguento e faria o mesmo, aliás seria muito bem vindo uns capítulos sob o ponto de vista dela, principalmente porque a onda de rei do gado também permaneceria. Por mais que ser um porta voz da justiça fuja um tanto do que ele já fez, é a única profissão possível para ele fazer Parkour para todo lado e abalar a parte da cidade que tem fetiche com homem fardado.

Comecei a duologia Warcross (também da Marie Lu) empolgadíssima e terminei com um pouco de raiva, porém a leitura serviu para eu ter uma visão bem crítica do sistema de níveis de Ross City já de cara, e no desenrolar da história eu confirmei cada vez mais que é um negócio que começou errado desde o início. O negócio vai de meritocracia à ditadura de um parágrafo para outro, e a questão de viverem 24 horas por dia em quase uma realidade virtual já lembra dos terrores de Black Mirror.

Rebel não é material para ser livro favorito, mas revisitou uma das minhas trilogias favoritas sem eu ficar a beira de cometer um crime de ódio, o que é um bônus nessa mania de esticarem séries de livros de mundos criados que estão fazendo sucesso.