Livros | Socando o Ar - Ibi Zoboi e Yusef Salaam
Tradução: Jim Anotsu
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 400
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: Amal Shahid é um adolescente negro e muçulmano de 16 anos comum crescendo no Brooklyn ― até que se envolve em uma briga em um bairro branco de classe alta e se torna o principal suspeito de um crime que não cometeu. Ele é declarado culpado, enviado para um centro de detenção juvenil e, em meio ao caos que sua vida se tornou, luta para encontrar forças em sua arte. Mas o que fazer quando até mesmo isso lhe é negado?Com um lirismo envolvente, a autora premiada Ibi Zoboi se une a Yusef Salaam, ativista pela reforma carcerária, para contar a emocionante e profunda história de um menino tentando manter sua humanidade e lutando pela verdade em um sistema feito para usurpá-lo de ambas.
Socando o Ar é um livro contado no formato de versos, escrito por Ibi Zoboi - conhecida pelo livro que se inspira em Orgulho e Preconceito: "Orgulho" - e Yusef Salaam.
📖Leia também: Resenha de Orgulho - Ibi Zoboi
Começando já na cena do julgamento, Socando o Ar tem como protagonista Amal Shahid, um jovem negro e muçulmano que se envolveu em uma briga, ele é declarado culpado injustamente e é logo despachado diretamente para um centro de detenção juvenil. Amal, sua família e o advogado acreditam que ainda há uma ferramenta para ele sair de lá em breve, mas no momento o que resta para ele é viver um dia atrás do outro na detenção com esperança.
Mesmo não sendo a maior fã do formato de histórias que são contadas em versos, peguei para ler com uma boa dose de empolgação Socando o Ar por ter gostado bastante das partes em versos de “Orgulho” que foi a minha primeira experiência com a autora Ibi Zoboi. Não sei dizer com prioridade quais diferenças entre os tons dos dois textos, até porque faz alguns anos que li Orgulho, porém aqui senti bem pouco de um tom mais lírico, e mais um tom de algo visceral na narrativa desse livro.
O tema principal de Socando o Ar é o racismo em casos policiais, sendo que o foco daqui não é a postura do policial em si no ato, mas o racismo do julgamento em si - em que o protagonista junto com a família julgou necessário contratar um advogado branco para aumentar suas chances - e o dia-a-dia na detenção, a narrativa traz um lado esperançoso com a relação do protagonista com a arte, deixando bem claro o quanto manifestações artísticas são sim políticas.
Socando o Ar é um caso de final abrupto que você fica querendo saber mais da jornada do Amal, mas também entende muito bem do porquê ter terminado ali, por ser um final que não abre brechas para comentários de que romantizou ou vilanizou alguma coisa. O livro se inspira nas vivências do Yusef Salaam, mas foi deixado bem claro que o livro não tenta ter um tom biográfico.
Para quem sabe da minha saga de ler mais histórias de autores de origem latinoamericana e do caribe, a Ibi Zoboi nasceu no Haiti! E o livro está disponível no catálogo da BibliOn, que foi por onde li.
8 Comentários
Eu comprei esse livro e até hoje nem abri o coitado, mas quero muito ler porque achei diferente essa abordagem em versos
ResponderExcluirhttps://www.balaiodebabados.com.br/
Então tira a poeira do bichinho!
ExcluirConcordo que as manifestações artísticas são sim políticas, olha o exemplo da nossa queria Beyonce que foi quase cancelada pela música Formation. Não conhecia a autora Ibi, já quero ler os dois livros.
ResponderExcluirAté mais! 💜
https://www.relatosdalih.com.br/
Eita que eu perdi o rolê de Formation.
ExcluirOi Giovana, o livro todo é contado em versos? Que interessante e original. E como essa sinopse é, infelizmente, a realidade de muitos jovens negros, né? Fiquei bem interessada em conhecer. Beijos
ResponderExcluirSim e não foi a minha primeira experiência com livros assim! O primeiro que li em versos foi "Agora que ele se foi"!
ExcluirOi, Giovana. Tudo bem? Parece um livro muito interessante, né? Fiquei curioso com ele. Que bom que curtiu. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Sim, foi uma leitura muito boa!
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