[Review] Mindwalker - Kate Dylan
Editora: Hodder & Stoughton*
Páginas: 315
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse traduzida: Sil Sarrah, de dezoito anos, está determinada a morrer como uma lenda. Nos dez anos em que ela vem resgatando agentes de campo em perigo para a Syntex Corporation - comandando suas mentes de longe e levando-os para a segurança - Sil não perdeu uma única vida. E ela não está prestes a começar agora.Ela tem doze meses restantes antes que o supercomputador enxertado em seu cérebro a mate, e ela está determinada a usar esse tempo para cimentar seu legado. Sil será a única Mindwalker a lançar um jogo perfeito – mesmo apesar das falhas debilitantes que ela está enfrentando. Mas quando uma missão crítica dá errado, Sil é forçada a fugir da mesma empresa que ela uma vez chamou de lar.Desesperada para provar que não é uma traidora, Sil se infiltra no Exército Analógico, uma facção ativista que trabalha para derrubar a Syntex. Seu plano é reconquistar a confiança de seu empregador destruindo o grupo por dentro. Em vez disso, ela e o líder imprudente do Exército, Ryder, descobrem uma verdade horrível que ameaça desfazer tudo de bom que Sil já fez.Com sua tecnologia degradando rapidamente e seu novo aliado guardando segredos perigosos, Sil deve encontrar uma maneira de parar Syntex para salvar seus amigos, sua reputação – e talvez até ela mesma.
Sil Sarrah é uma Mindwalker, uma entre poucos jovens que decidiram aos 8 anos de idade que queriam implantar um super computador na cabeça para ajudar as condições da família, em troca de um trabalho glorioso resgatando agentes da Syntex Corporation da morte certa - ao tomarem conta das mentes deles e agindo com treinamento específico, inteligência computacional e nenhum medo de morrer - e a certeza que morreriam pouco tempo após os 18 anos.
Com o seu histórico impecável como Mindwalker e a certeza de que irá morrer em breve, Sil só busca morrer como uma lenda e para conseguir fazer isso ela só quer manter a taxa de 100% de sucesso, porém ela se torna uma fugitiva da empresa que trabalhava por conta de usarem essa vontade dela para fazerem algo ilegal a olhos vistos.
Mindwalker é mais um cyberpunk com o selo de qualidade “Giovana não dormiu de chatisse com os termos mega técnicos de cyberpunk” e já tem todo o meu carinho por isso e inclusive o tom da história me lembrou do tom dos livros da Marie Lu (uma das minhas autoras queridinhas), em especial Warcross!
Gostei bastante de como o livro lida com consentimento, em Mindwalker não há crimes sexuais sendo descritos, mas as cenas que abordam consentimento são uns paralelos bem desenhados, além de abordar também leis de proteção às crianças - aqui rola um ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) totalmente distópico -, o que faz com que role uns paralelos bons com as leis de segurança digital atuais.
Histórias cyberpunks costumam vir juntos com mundos distópicos e/ou pós apocalípticos, e Mindwalker não se aprofunda muito na situação do mundo, mas traz cenas chaves que indicam bem como estão as coisas, seja tempestades radioativas acontecendo e como andam as leis de proteção às crianças e adolescentes, que foram pontos bem marcantes para enxergar como funciona essa distopia.
O romance é um gostosinho enemies-to-lovers com selo faca na garganta de qualidade, com leves trairagens no meio do caminho, mas está longe de ser o foco. A reta final do livro me rendeu uns EITAS, pois a Sil Sarrah tem uma moral acizentada e faz o que é preciso por ela e pelos outros, ela começa tudo pela glória e viver intensamente até o fim, mas segue durante toda a história fazendo tudo o que pode para fazer o certo por todos.
*Ebook cedido em parceria com a editora via Netgalley, Mindwalker será lançado dia 01 de setembro.
2 Comentários
Achei bem interessante, ainda mais por lembrar Warcross... e esse final nos tons de cinza me deixou bem curiosa...
ResponderExcluirBeijos
https://www.balaiodebabados.com.br/
Mas Warcross sem os jogos viu?
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