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Livros | Raízes do Amanhã - Vários Autores

by - 19.2.22

Livros | Raízes do Amanhã - Vários Autores
8 contos afrofuturistas
Autores: G. G. Diniz, Lavínia Rocha, Stefano Volp, Sérgio Motta, Kelly Nascimento, Petê Rissatti, Pétala e Isa Souza, Waldson Souza
Editoras: Plutão Livros// Gutenberg
Páginas: 224
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: "AS RAÍZES DO AMANHÃ PLANTAMOS AGORA.”

Uma das marcas deixadas pelo colonialismo é a existência de um presente que dificulta a projeção de futuros para a população negra. Por isso, contar e protagonizar histórias é tão importante para ampliarmos o campo de possibilidades.

Se o real nos impõe, então, tais impedimentos, o exercício de especular, dentro e fora da ficção, é o que nos permite resgatar o passado, questionar o presente e construir futuros. É o que fortalece as raízes do amanhã, que perfuram solo brasileiro e vão fundo em direção ao desconhecido.

No século XXI, nove herdeiros dessa luta se unem às editoras Gutenberg e Plutão Livros para imaginar noções de futuro próximas e longínquas em oito contos afrofuturistas e afro-brasileiros. Com organização do autor e pesquisador Waldson Souza, G.G. Diniz, Kelly Nascimento, Lavínia Rocha, Pétala e Isa Souza, Petê Rissatti, Sérgio Motta e Stefano Volp traçam em suas histórias, ora um respiro – onde o amor, a superação das adversidades e a liberdade são possíveis -, ora um alerta para nos lembrar de que estamos reféns de uma realidade que muitas vezes nos proíbe de sonhar.

Evidenciando noções de futuro próximas ou longínquas, os contos de Raízes do amanhã oferecem respostas diversas sobre o tempo e o espaço da juventude negra, proporcionando um espaço revolucionário de experimentação ficcional."

Raízes do Amanhã é uma coletânea de contos afrofuturistas, que foi publicada em uma parceria da editora Plutão Livros com a Gutenberg. Nos parágrafos abaixo vou listando os autores e títulos dos contos, junto com breves impressões minhas das histórias, para quem quiser conferir as sinopses oficiais dos contos, é possível conferir no Skoob.

Não tem Wi-Fi no espaço - G.G. Diniz
A narrativa tem um tom mais informal delicinha, taca o pau em bilionário e reforça as críticas de como os países de terceiro mundo viram lixeira de países ricos.

O show tem que contiuar - Lavínia Rocha
No início achei o texto meio técnico demais, mas a história foi me ganhando e virou uma mistureba boa de aulas de história, o conceito dos Eternals da Marvel e muito samba.

Sexta dimensão - Stefano Volp
Esse entra na lista dos contos de conceitos mais confusos da coletânea, mas tem robôs humanoides, outras dimensões e muito amor envolvido.

Jogo fora de casa - Sérgio Motta
O sabor que é o conceito de um jogo de "futebol" (no conto é futsol) no espaço, com a toda a energia e caos de um jogo da Libertadores da América, eu leria fácil uma coletânea ou livro inteiro cheio de catimbas dos jogos.

Recomeço - Kelly Nascimento
Acho que abordar uma pandemia (com um jeito mais Sweet Tooth do que Covid) ajudou bastante em eu não me empolgar tanto com a história, de resto fora o amor retratado, achei meio confuso sobre quem está vivo ou está morto.

Segunda mão, de Petê Rissatti
O conceito bebe da fonte de distopias clássicas que ou eu não gostei muito (Admirável Mundo Novo) ou gostei de pontos que ficam fora do mundo criado (1984), mas fora isso gostei de como andaram as coisas.

Tudo o que transporta o ar, Pétala e Isa Souza
Esse conto é cheio de palavras técnicas, que deixaram a leitura bem truncada, o que foi uma pena, pois entre as palavras difíceis tinha muita coisa interessante no meio do caminho.

Com o tempo em volta do pescoço, de Waldson Souza
Gosto de missões de viagem no tempo, e a desse conto entra na lista daquelas que vai mudar um ponto importante da história (ou seja: pode esperar algo dar ruim), a resolução foi positiva, mas o final bem agridoce.

Essa coletânea segue uma tendência gringa de ficção científica que acho raro encontrar em nacionais e é algo que funciona muito para mim e gostaria de ver mais por aqui: narrativas plurais (seja em representatividade ou histórias que não seguem um homem branco que é o "escolhido") e um tom mais leve e cotidiano e menos técnico na narrativa, pois por mais que eu goste de explicações técnicas, elas não precisam estar presentes na metade dos termos falados em um diálogo durante toda a história, nem se estender muito, pois se até nas aulas da faculdade a minha mente voava longe quando o professor demorava muito nas explicações, quem dirá num livro que é para relaxar e não torrar os neurônios.

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10 Comentários

  1. Oie ! Não conhecia os livros, me interessei bastante pelos títulos.

    www.blogresenhando.travel.blog

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  2. Oi Giovana, tudo bem?
    Ixi, acho que vou deixar a dica de hoje passar porque contos e ficção científica não são coisas que me animam muito não, confesso pra você!
    E entendo quando quer relaxar, não torrar os neurônios, kkkkk.
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    1. Olha eles também não me animam quando tem um tom mais pesado, mas quando tem uma linguagem mais leve eu amo! (porque os neurônios não fritam hahaha)

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  3. Oi
    não conhecia esse livro, parecem ser bons contos, ainda mais pela representatividade.
    Essa editora plutão nunca escutei falar.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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    1. A Editora Plutão é uma editora pequena de ficção científica! Acho que o título mais famoso dela é a coletânea Aqui Quem Fala é da Terra que tem um conto do Vitor Martins.

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  4. Oi Gio, tudo bem?
    Adoro entrar em contato com obras mais plurais e com maior diversidade, obrigada pela dica! Mesmo não sendo a maioooor fã de sci-fi, fiquei com vontade de conferir. Adorei o título do primeiro conto citado, e a temática parece ser do jeitinho que eu adoro (tacando pau em bilionário).
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Eu amo que o conceito de tacar pau em bilionário existe até uma expressão em inglês: eat the rich (coma/acabe com os ricos)!

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  5. Oi, Gio! Tudo bom?
    Eu tenho muita vontade de ler essa coletânea, pela temática, pelos autores presentes e por ser um monte de conto, que flui bem demais. Tá na wishlist pro meu aniversário, vamos ver se me dou de presente!

    Beijos, Nizz.
    www.queriaestarlendo.com.br

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    Respostas
    1. Coletânea tem essa praticidade de acabar sendo bem fluida né? Conhecia o trabalho de poucos autores antes de pegar para ler!

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