Autora: Sara Hosey

Sinopse traduzida: Ser uma pessoa melhor pode ser muito mais difícil do que parece.

É 1988, e a ex-valentona Astrid é forçada a se mudar do Queens para a pequena cidade de Elsewhere. Embora esta cidade seja totalmente estranha, Astrid vê a mudança como uma forma de se reinventar. Isto é, até que Candi – a tirana adolescente com poderes sobrenaturais que governa Elsewhere – decide que quer que Astrid seja sua nova melhor amiga.

Ter que escolher entre as vantagens e a segurança de ser a melhor amiga da abelha rainha e o desejo de ser uma pessoa melhor poderia literalmente custar a vida de Astrid. À medida que Astrid e seus novos amigos começam a investigar a história sombria de Elsewhere e a fonte dos poderes de Candi, eles formam um plano perigoso para resistir à compulsão de Candi e escapar de Elsewhere, ou então serão condenados a viver sob o domínio de Candi para sempre.

Astrid e sua família se mudaram para a pequena e estranha cidade de Elsewhere depois que ela foi expulsa de uma escola em Nova York, devido ao tanto de bullying que ela praticou na outra escola. Já no primeiro dia de aula ela descobre que agora as coisas serão bem diferentes: ela é vítima de bullying da abelha rainha da escola.

O que poderia ser um simples começo de redenção depois de sofrer o que ela infringiu nos outros tem uma grande questão:  a abelha rainha tem poderes sobrenaturais, manda e desmanda em tudo da cidade apenas com um comando de voz e sabe ser uma grande sádica, e depois quando busca fazer amizade com Astrid as pessoas em volta começam a enxergá-la como a resposta para acabar com os problemas da cidade de uma vez por todas.

Como eu queria que esse livro com uma premissa tão instigante tivesse uma execução melhorzinha. A narrativa é meio travada, que completamente esqueceu que a palavra “adolescente” existe em um livro para o público adolescente e o uso de notinhas de rodapé para explicar as referências dos anos 80 - que é a época que a história está situada - é quase criminoso.

Achei o final do livro meio abrupto demais, em que teve muito pouco de planejamento dos personagens e mais um “segue o fluxo” à partir do que conseguiram fazer. Também fiquei querendo mais desenvolvimento da Astrid melhorando como pessoa, que mesmo sabendo o que era errado e as consequências de deixar Elsewhere como estava, ficou mais de uma vez a beira de fazer o mais fácil.

O sadismo da abelha rainha (Candi) é feito no capricho, pois tudo que passa de ruim na cabeça dela e de quem ela influência em volta pode ser feito, só basta ela querer. Imagining Elsewhere tem cenas de gatilho de bullying e inclusive tem uma cena que referencia Carrie a Estranha, então pode ser que tenha cenas de bullying inspiradas em filmes da década de 80.

A questão da narrativa travada me atrapalhou para aproveitar o clima bem anos 80 da história, pois é rico em referências da cultura pop da época (vários programas de tv são mencionados e tem umas boas referências às músicas também) e não abre mão de descrever cortes de cabelos e estilos de roupa característicos da época que não tem moda cíclica que faça voltarem.

*E-book cedido em parceria com a editora via Edelweiss.

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