Sinopse: "Seja bem-vinda ao Prazer Intergalático."

Era só mais um aplicativo de namoro. Uma brincadeira, óbvio, porque aliens não existem e se existissem não teriam nenhum motivo para se interessar pela Terra. Pelo menos, foi isso que Júlia pensou quando se cadastrou por puro tédio. Olhar fotos de supostos aliens seria no mínimo divertido.

"Deseja se cadastrar para as opções VIP?"

Mal-lakri, Mal para os íntimos, parecia uma pessoa interessante. Não que Júlia tivesse acreditado em metade do que ele falou – toda a história sobre uma base de comércio ilegal no meio de asteroides e tudo mais – mas era uma pessoa divertida. E se sua foto mostrava um cara de pele cinza e cabelo vermelho vivo, era tudo parte do personagem, certo?

Errado. Os aliens existem, Mal-lakri realmente não é humano e Júlia acabou de concordar com uma viagem para outro planeta.

E quando o passado de Mal começa a dar as caras, Júlia precisa decidir se uma "brincadeira" vale os riscos – e até onde ela está disposta a entrar nesse novo mundo.

📖Leia também: Resenha de O Começo, o prequel que une as séries Filhos do Acordo e Prazer Intergalático.

O passatempo de Júlia nos últimos meses vem sendo utilizar o aplicativo Prazer Intergalático, que é tipo um Tinder que você dá match com aliens, só que tem duas coisas que estão confusas: não dá para marcar encontros por lá (uma amiga já tentou e o suposto alien sumiu), e o alien que ela deu match, o Mal, é bom demais para ser fruto de inteligência artificial.

Um convite para a versão VIP é a chance da Júlia para finalmente conhecer o Mal, em que tudo vai saindo as mil maravilhas - o Mal é do jeitinho do aplicativo, existe vida fora da Terra, e a viagem para fora da Terra é simples -, até o trabalho dele como mercenário atrapalhar a sua segurança na Terra.

Geralmente com os aliens do Acordo eu demorava um pouco para me simpatizar com eles, mas com o Mal em poucos capítulos eu já estava separando os panos e o rodo para passar pano na primeira oportunidade, já que a mistura de fofo e cafajeste chega a ser criminosa, e olha que ele deu uma baita de uma rasteira por conta do que ele faz como mercenário. Para ter noção eu tenho dois quotes reservados para mostrar o jeito da criatura:

"Ele me olha desse jeito, me dá esses sorrisos travessos e de quem quer muito aprontar, mas ao mesmo tempo me diz que não espera nada demais."

"É impressionante como um cara que consegue ser tão tranquilo e divertido na maior parte do tempo consegue ser essa porta teimosa quando quer, mas isso é Mal, desde que o conheço."

A Júlia é o atestado que ninguém com uma boa dose de juízo vai passar pelo Acordo, pois ela vai seguindo pelos instintos (que estavam tinindo até na hora da treta) e o que faz sentido para ela, além de fazer o que está em seu poder para não se lascar.

Eu gostei tanto do clima leve do encontro no espaço que cheguei a ficar braba quando começou a treta (e olha que eu sou 100% a favor do queima quengaral), mas pelo menos garante que o que aconteceu em O Começo não foi tão simples para finalizar em apenas um conto.

Fica um aviso de que a fofura do Mal para na linha dos quotes acima e que o livro está todo trabalhado nas participações especiais da galerinha de Filhos do Acordo.

Aqui está o meu headcanon de quais aplicativos o Mal tem no celular, pois é alguém que tem pouco tempo de sobra e um senso de direção horroroso na Terra.

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