Hench, #1

Sinopse: Anna faz coisas chatas para pessoas terríveis, porque até os vilões precisam de ajuda com as burocracias de escritório, e ela, mais do que nunca, de um emprego. Trabalhar para essa classe à margem da sociedade não é nada glamoroso. Mas será que é realmente pior do que prestar serviços para um conglomerado de petróleo ou uma empresa de seguros?

Como freelancer, ela é apenas uma engrenagem na máquina. Mas, quando é contratada para analisar dados para um vilão bem conhecido – e excêntrico –, Anna enxerga nesse trabalho a oportunidade de ser efetivada e finalmente ter alguns benefícios. Só que, ao ser chamada para participar de uma missão em campo, a situação sai do controle e ela acaba gravemente ferida por um dos maiores heróis da atualidade: Superimpacto.

Os graves ferimentos a impedem de trabalhar, e Anna usa seu tempo livre para estudar as consequências negativas da atuação dos heróis. Quantas pessoas morrem durante um confronto entre heróis e vilões? Quantas ficam, como ela, incapacitadas de realizar suas atividades? Essas vidas estão sendo perdidas em troca de quê? Os heróis estão fazendo um bem maior ou apenas usando seu poder destruidor sem sofrer nenhuma punição?

Com o passar do tempo, Anna vai descobrir que o maior ativo de um super-herói é saber comparar, manipular e transformar os dados a seu favor. E de dados ela entende muito bem, então tem muito a oferecer a seu próximo empregador.

Uma estreia afiada, espirituosa e moderna, Hench explora o custo individual da justiça por meio de uma fascinante mistura de política de escritório, heroísmo medido por meio da ciência de dados, horror corporal e uma profunda incompreensão da mecânica quântica.

Anna Tromedlov se encontrou trabalhando com dados para poder estar sempre trabalhando de forma home office, atualmente ela faz freelances em uma agência que lida com vilões. No seu contrato atual pedem que ela compareça à coletiva de imprensa do seu empregador que não termina bem: o maior super herói da atualidade - o Superimpacto - chega destruindo tudo para impedir os planos desse vilão, destruindo inclusive uma das pernas dela.

Sem emprego e precisando de repouso, Anna cria um projetinho para poder passar o tempo e colocar em números o que aconteceu com ela: um blog que levantasse o dano causado pelos super heróis à sociedade, quantos milhões por danos causados à propriedades que não tinham nada a ver com isso, ou quantos anos de vidas perdidos por pessoas que tiveram o azar de estar no lugar errado?

Esse projetinho chega ao maior vilão da atualidade - Leviatã -, que oferece um emprego à ela, dando de bandeja informações que possam a ajudar a abalar a atividade super heróica, e com um time engajado ela consegue mais do que isso.

Gosto de séries e filmes de super heróis, sendo que tenho um carinho por aqueles que não são baseados em quadrinhos mega famosos (como as séries Heroes, Misfits e Extraordinária), então nem preciso dizer que achei a premissa de Hench sensacional e que as coisas ainda ficam mais legais considerando que tudo se passa do lado da vilania.

Gostei muito do quanto longe vai a vilania da Anna, mas em momento nenhum dá indícios que ela perdeu a alma para chegar nesse ponto, ela defende os ideais, defende o caos e defende quem está com ela nessa empreitada.

A narrativa da autora me deixou querendo achar uma lista grande dela de obras publicadas listadas no Goodreads (sem muita sorte, mas a sequência vem aí!), só para ter mais desse sabor de personagens que são gente como a gente, a Anna e seus comparsas poderia facilmente ser uma miga que você vai atrás toda vez que tem um perrengue no PC da firma.

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